O solo compactado é um problema que acomete grande parte dos proprietários de terras no Brasil, este problema é muito relativo a manejos inadequados, solo exposto e outros problemas que citaremos a seguir.
Quais manejos podem compactar o meu solo?
O primeiro grande erro dos produtores e proprietários rurais é deixar o solo exposto por grandes períodos, de forma que o impacto das gotas de chuva diretamente no solo sem cobertura vegetal ocasiona um processo erosivo e de perda de nutrientes daquele solo, além do fato de que enxurradas compactam o mesmo. Além disso, a falta de raízes vegetais no solo torna-o cada vez mais denso e compactado.
Outro erro comum é o manejo agrícola em momentos em que o solo possui alta plasticidade. A plasticidade do solo é uma característica que determina quão moldável o solo é quando se encontra molhado. Dessa forma, solos argilosos possuem maior plasticidade e após chuvas ou irrigação deve-se evitar o uso de maquinários e até mesmo pisoteio animal e humano na área.
Vale ressaltar que outro agente causador de compactação do solo é o pisoteio animal, devendo evitar o excesso de animais por área. O pisoteio animal por vezes é mais danoso que a passagem de máquinas, devido ao peso do animal ser distribuído em pequenas áreas (patas do animal) causando maior pressão no solo.
Outro fator de danos no solo é a monocultura, que além de causar perdas químicas, causa também perdas físicas no solo. Isso ocorre, pois a exigência das plantas em nutrientes é sempre a mesma e a formação de agregados de solo próximos à raiz não sofrem grandes alterações.
Como evitar e corrigir a compactação do solo:
Uma dica para evitar e também para corrigir o solo compactado é a realização de um sistema de plantio direto, seguindo seus 3 pilares básicos: revolvimento mínimo do solo, cobertura e rotação de culturas.
Deve-se evitar o revolvimento do solo, pois este quebra agregados do mesmo, tornando-o mais suscetível à erosão e compactação. O revolvimento deve ser utilizado em casos que realmente não existem a condições de cultivo na área e vale ressaltar que é uma alternativa de curto prazo de descompactação e para mantê-la deve-se realizar o plantio para cobrir a área logo após o manejo.
A cobertura de solo é fundamental, pois forma uma camada de proteção e evita processos erosivos e de compactação. A cobertura vegetal morta, feita com palhada e restos vegetais diminui o impacto das gotas de água das chuvas ou da irrigação, mantém a umidade do solo, e reduz o impacto do pisoteio ou da passagem de máquinas. Já a cobertura vegetal viva também reduz o impacto das gotas de chuva, proporciona a formação de agregados do solo próximo às raízes sem compactá-los, além do fato de que as raízes por vezes quebram os torrões compactados, principalmente quando se trata do plantio de gramíneas. Dessa forma, para cobrir o solo é possível cultivar milho, milheto, aveia branca, aveia negra e outras culturas.
A rotação de culturas é importante para condicionar o solo fisicamente, evitando torrões compactados e explorando as mais diversas camadas do solo de diferentes formas. É possível rotacionar uma cultura produtiva com uma cultura de cobertura, como no caso da soja em rotação com o milheto ou com o milho.
Além disso, deve-se evitar o uso intensivo de maquinários na área, principalmente quando o solo se encontra molhado, evitar o pisoteamento e também realizar análises no solo para conhecer mais as suas necessidades, nunca exigindo mais que o solo pode oferecer.
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Escrito por Giovana Boaventura