A pitaya é uma fruta originada no México e em alguns países da América Central, possuindo um bom desenvolvimento em locais de clima tropical.
Conhecida, também, como “flor-do-dragão” devido sua aparência, ela vem ganhando destaque e visibilidade aos olhos dos consumidores.
Ela contém os minerais essenciais, vitaminas do complexo B e vitamina C, além de ser uma alternativa para o combate ao colesterol e auxiliar em regimes alimentares.
Estes e outros benefícios garantidos pela fruta despertaram um grande interesse nos produtores brasileiros, de modo que a pitaya já possui uma alta procura no mercado e, complementarmente, o país possui uma grande vantagem, visto que diversas regiões ao longo de sua extensão territorial são aptas para seu cultivo.
Mas como tornar seu pomar de pitaya mais produtivo?
Primeiramente, deve-se ter em mente que seu fruto possui diferentes características conforme a variedade escolhida, sendo as 3 principais:
- Pitaya vermelha de polpa branca (Hylocereus undatus)
- A Pitaya vermelha de polpa vermelha (Hylocereus polyrhizus)
- Pitaya amarela de polpa branca (Hylocereus megalanthus)
Assim, apesar de serem, visualmente, diferentes, seus tratos culturais assemelham-se entre si. Desta forma, estes são os processos que farão com que seu pomar seja diferenciado e mais produtivo
Irrigação
No período entre o plantio e a primeira florada, é recomendada a irrigação das mudas recém-plantadas, para que o crescimento das mesmas não seja limitado pela falta de água. A disponibilidade de água é essencial para que as plantas se desenvolvam com vigor. A irrigação deve ser feita na base das plantas, manualmente, com o auxílio de uma mangueira ou regador, 2 vezes por semana.
Condução
Quando as mudas são estabelecidas no solo ocorre o surgimento de brotações laterais denominadas cladódios (caule modificado com funções de fotossíntese, respiração e reserva nutricional). Indica-se que tais brotos sejam removidos com uma tesoura de poda (poda de formação), deixando apenas um ou dois brotos a serem conduzidos à parte superior do mourão. Ao alcançar o topo do suporte de mourão, deve-se deixar todos os cladódios crescerem e se desenvolverem para, posteriormente, originarem os cladódios produtivos.
Adubação na produção de pitaya
Não existe uma recomendação de adubação de cobertura específica para a produção de pitaya. De acordo com a Casa do Produtor Rural (ESALQ-USP) e também com produtores com histórico de alta produtividade, recomendam-se dois tipos de adubação durante o ano. A adubação de cobertura deve ser feita com um adubo com baixo teor de fósforo. Recomenda-se a aplicação de 300 g de um formulado 20-5-20 na formulação NPK. Essa aplicação é feita a lanço na superfície em volta da cultura de forma homogênea por três vezes antes da colheita. A primeira adubação é feita em junho, a segunda em setembro e a terceira em dezembro. Tais aplicações irão garantir que a planta possua nutrientes para produzir e reestabelecer suas reservas após a colheita.
Poda e a produção de pitaya
Durante o crescimento da planta, deve-se realizar a poda das brotações laterais deixando apenas a principal, até que esta atinja a altura do mourão. Após alcançar tal altura, é importante que o ápice do ramo principal seja cortado a fim de quebrar a dominância apical, ou seja, haverá estímulo às ramificações axilares, as quais serão sustentadas pela parte superior dos mourões. Além disso, para que não surjam problemas com competição entre os ramos das plantas e auto sombreamento. Por fim, o produtor deve atentar-se ao realizar esta etapa, uma vez que a pitaya tem espinhos.
Polinização e a produção de pitaya
As flores da pitaya se abrem uma única vez durante o período da noite e ficam abertas por volta de 15 horas (das 19h às 10h). A polinização deve ocorrer nessa época e período. Ela é considerada cruzada, significa que uma planta precisa receber o pólen de outra diferente para que consiga frutificar. Os principais polinizadores são os de hábitos noturnos como morcegos e mariposas e os com hábitos diurnos que polinizam na parte da manhã como as abelhas e as mamangavas. Além do método natural de polinização, há o método manual que é benéfico para a cultura da pitaya.
Ensacamento
Após a polinização é recomendado o ensacamento das flores, que é feito fechando as flores a fim de protegê-las contra possíveis patógenos e injúrias. Posteriormente ao fechamento das flores, deve-se envolvê-la com saquinhos de TNT amarrados com fitilhos ou barbante. O produtor deve retirar os saquinhos após uma semana. Caso as flores não caiam após, aproximadamente, 4 dias a partir da polinização, ou no começo da frutificação, é recomendada a retirada manual das flores.
Deseja saber mais acerca da produção de pitaya? Confira nosso guia completo e detalhado sobre a produção de pitaya.
Escrito por Kátia Leiko Terada
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Gostaria de saber se posso recuperar pitayas com quase 3 anos que foram chamuscadas pela pela queima da palhada de napier na linha dos pés para manter a umidade da irrigação por gotejamento
Caso positivo, qual seria o procedimento ?
Caso negativo, se for feita poda radical haveria rebrote e como acelerar o crescimento de formação e floração.
Desde já fico grato por vossos
comentários e instruções.
Cordialmente
Meu pé de pitaya está dando pela primeira vez o que tenho que fazer pra que a mesma de bons outros frutos.
Tenho que fazer o que?
bom dia!
É possivel conseguir algumas orientações para plantio de pitaya, como correção do solo e a melhor forma de sustentação dos pés?
pretendo começar o plantio e preciso de algumas dicas para nossa regiao de PIRACICABA
Parabéns pelas explicações…
Poderia me me pontuar melhor uma adubação de manutenção.
Obrigado,
BOM dia.o q fazer para a pitaia produzir o ano todo.
Moro em Seabra ba
Tenho dois mourões de pitaya.
Já é o terceiro ano produtivo.
Mas nunca adubei.
Agora com esses conhecimentos e graças a vcs vou adubalas.
Obrigada pelas informações.
meu pé de pitaya plantei em março 2021, até agora ainda não deu fruto o que devo fazer para que ela comece a dar frutos.