A pecuária brasileira é em sua grande maioria sustentada por pastagens, e para que se obtenha boas produtividades utilizando esse meio, a adubação de pastagens se faz indispensável.
Primeiramente, ao se implantar uma pastagem deve se atentar aos teores de nutrientes existentes naquele solo. Bem como toxidez por alumínio, a CTC, que é o quanto de nutrientes aquele determinado solo pode armazenar, e V%, que é a porcentagem desse “armazém” (CTC) que está ocupado com nutrientes.
Por vezes, antes de se realizar a adubação das pastagens, deve-se realizar a correção de solo com calcário e gesso para que os nutrientes aplicados com a adubação estejam mais disponíveis para as plantas. Além de fornecer cálcio (Ca) e magnésio (Mg) também.
Quanto a própria adubação, há nutrientes que se movimentam no solo e nutrientes que não se movimentam. Nutrientes que se movimentam, ou seja, são móveis, podem ser aplicados em cobertura. Já os nutrientes imóveis, como o fósforo (P) devem ser aplicados e incorporados ao solo.
Como pastagens são culturas perenes, não há possibilidade de incorporação de adubo após a implantação e desta forma deve-se utilizar formas de fósforo que solubilizem lentamente no solo. Já os nutrientes móveis como nitrogênio e potássio podem ser aplicados recorrentemente e parcelados durante o ano. Lembrando que para efetividade da adubação, faz-se necessária água disponível as plantas. Em sistemas irrigados a adubação pode ser feita o ano todo. Já em sistemas sem irrigação, o fertilizante deve ser aplicado na estação chuvosa.
Pastagens devem ser cultivadas com a mesma seriedade que lavouras, pois são a forma mais barata de se manter os animais e por isso devem ser adubadas para que produzam mais e possam nutrir, mais animais e com maior qualidade, utilizando a menor área possível!
Escrito por
Manoel Afonso Assunção Serra