A princípio, o Brasil é o maior exportador de carne do mundo e tem um dos maiores rebanhos do planeta. Sendo que boa parte dessa carne vendem-se como commodity, sem nenhum diferencial. Entretanto as carnes premium estão tomando força no mercado, com consumidores cada vez mais exigentes tanto nacional quanto internacionalmente, acarretando diversificações na bovinocultura de corte e abrindo novos nichos de mercado, o que pode ser uma oportunidade de aumento do lucro para os pecuaristas.
Todavia muitas fazendas e confinamentos vem se adequando a essas novas exigências do consumidor. Mas afinal o que são Carnes Premium? É um termo bem genérico, mas que se refere principalmente a carnes de animais precoces ou superprecoces (acabados em menos de 24 e 18 meses de idade, respectivamente) e/ou animais de raças com carnes de grande marmoreio, isto é, gordura entremeada à carne. Essas carnes são geralmente encontradas no mercado como “carne de raças britânicas”, “carne de raças europeias”, “carne de novilhas precoces”, entre outras.
Carnes premium: O pecuarista, as vantagens e o manejo
Mas e para você produtor, qual a vantagem de produzir “animais premium”? Como citado anteriormente há diversos tipos de carnes premium, mas de modo geral animais destinados a esse mercado possuem maior valorização na arroba.
E para produzir esses animais? Esse tipo de produto geralmente é entregue por confinamentos e semiconfinamento pelo fato de conseguir desempenhar grandes ganhos de peso, abatendo o animal mais cedo. Porém a produção desse “animal premium” começa muito antes da baia do confinamento. Iniciando desde a fase de cria, fazendo-a de forma intensiva, objetivando o nascimento de bezerros mais pesados e um bom ganho de peso ao pé da vaca. Esse processo se mantém na recria, fase muitas vezes deixada de lado, mas que para se abater um animal jovem é essencial que seja manejada com muita eficiência, pensando tanto em pastagem/volumoso, quanto em suplementação.
Outro ponto de atenção, a depender do tipo de “carne premium” que se deseja explorar, é a necessidade de investimento em genética. Podendo ocorrer com a compra de animais e/ou utilização de sêmen de raças próprias para o nicho.
Por fim, além dos fatores zootécnicos, um ponto a ser analisado é o mercado. Nesse sentido, deve-se observar se há frigoríficos na região que trabalhem com esse diferencial e desta forma paguem um valor superior na carcaça do animal abatido.
Você produtor ficou interessado nesse tipo de mercado, quer produzir animais de maior qualidade e valor agregado? Entre em contato conosco!
Escrito por Manoel Afonso Assunção Serra
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