Plano Safra
Antes de tudo, é de suma importância explicar o que é o plano safra. Consiste, basicamente, em um programa do governo federal para conceder crédito aos pequenos e médios produtores tendo em vista que a produção agropecuária demanda investimento.
Assim sendo, com a premissa de se fomentar a produção rural nacional, o governo federal destina verba (maior incentivo da área no contexto brasileiro), anualmente, para que os produtores realizem melhorias em suas propriedades, invistam ou custeiem insumos agrícolas.
No entanto, as coisas são mais complexas que parecem ser. Existem condições específicas em relação ao produtor para conseguir o crédito, bem como condições específicas do crédito. Em geral, a vigência do plano safra é de um ano, começando no dia primeiro de julho; para a edição deste ano, por exemplo, o governo liberou um montante de R$251,22 bilhões que contempla diversas modalidades.
Tais modalidades têm divisões e subdivisões, como o Crédito de Custeio (englobando Pronaf custeio para unidades familiares, Pronamp Custeio para arrendatários, etc.), o Crédito de Investimento (englobando o Pronaf Jovem para jovens agrônomos, o Pronaf B para renda familiar bruta de até R$ 23 mil, etc.) e o Investimento Demais Linhas (englobando, por sua vez, empreendimentos individuais e trabalhos coletivos com quantias mais altas, como o Inovagro).
Como conseguir linhas de crédito?
Com o crédito disponível apresentado outrora, o produtor pode, com o auxílio do governo, alavancar seus resultados ou montar algo novo, lembrando sempre de analisar, através das instituições que oferecem o crédito (bancos na maioria dos casos) as condições necessárias para adquiri-los e suas respectivas taxas de juros e prazos de pagamento.
Basta encontrar a instituição que os fornece, se enquadrar em alguma das linhas oferecidas (analisando a renda familiar bruta ou líquida), solicitar o crédito e seguir os demais procedimentos prescritos. No entanto, cabe ressaltar o possível não enquadramento do crédito almejado em relação ao perfil do produtor; neste caso, convém encontrar outras linhas de crédito que possam desempenhar a mesma função mesmo que fornecendo quantias inferiores ou condições não esperadas em um primeiro momento.
Premissas da economia que atingem as linhas de crédito no plano safra
O governo, ao oferecer tais linhas de crédito, almeja, acima de tudo, segurança. Em outras palavras, ele quer receber o investimento junto aos juros acordados na data correta, assim como em quaisquer tipos de empréstimos. Portanto, convém ressaltar premissas inerentes ao ato de se emprestar dinheiro e suas respectivas características.
A segurança concedida às instituições determinará suas condições. Para exemplificar, famílias que possuem maior renda mensal, em geral, conseguem participar de linhas mais generosas, em oposto às famílias que estão estruturando algo do zero e, ao menos no papel, não conseguem garantir com firmeza a devolução do dinheiro emprestado na data prevista; estas, certamente, também pagarão taxas de juros mais altas quando comparadas ao primeiro cenário.
No entanto, existem diversas linhas facilitadoras aos produtores que estão começando ou precisam de um investimento mais pesado se estes estiverem dispostos a contribuírem com a natureza. Em outras palavras, modelos de produções ecológicas tendem a ser o grande alvo do governo, que facilita seu empréstimo e cria linhas especiais para tanto, como a Pronaf Agroecologia.
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Escrito por: Felipe Rocha Franco