Apesar de sua relevância mundial na produção de grãos, o Brasil convive com perdas elevadas na colheita e pós-colheita. Entre as principais causas estão o mal planejamento para o fim do ciclo da cultura e os ataques por pragas. As pragas têm seu desenvolvimento favorecido pelas condições climáticas do país, como altas temperaturas e elevada umidade relativa.
Para redução de perdas de colheita, algumas medidas preventivas, ou corretivas, podem ser tomadas:
Na colheita de grãos é recomendado atentar-se ao nível de maturação das plantas, para que não haja antecipação ou atraso na retirada da cultura presente na área. A antecipação resulta em grãos imaturos, portanto podem ocorrer dificuldades na comercialização. O atraso, por sua vez, torna a produção mais suscetível ao ataque de pragas e doenças, além de contribuir com uma quantidade maior de “grãos ardidos” (grãos que sofreram algum processo de podridão e houve alteração em sua coloração, textura ou sabor) em sua produção.
Além disso, a regulagem correta do maquinário é essencial para reduzir as perdas em campo e o transporte deve ser feito de forma adequada. Estima-se que em torno 30% da safra seja desperdiçada durante o transporte dos grãos. Portanto melhoria de estradas, renovação das frotas, treinamento de profissionais são soluções para reduzir essas perdas. Bem como a ampliação da capacidade de armazenagem da fazenda, qualificação dos funcionários, uso de novas tecnologias e adequação das balanças que pesam as cargas.
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Já na pós-colheita, o maior obstáculo está relacionado às pragas e aos patógenos, como fungos e bactérias, que podem interferir na qualidade dos grãos que já passaram pelos processos de beneficiamento, secagem e resfriamento e estão armazenados. Para isso, é necessária a limpeza das instalações para retirar qualquer resto cultural de armazenamentos anteriores e tratamento de tais grãos com inseticidas protetores.
A utilização de inseticidas protetores irá auxiliar na prevenção ao ataque de possíveis insetos remanescentes nos grãos ou instalações de armazenamento. Esse tratamento deve ser realizado após o beneficiamento e antes da estocagem dos grãos.
As formas comumente utilizadas para a aplicação dos inseticidas são a pulverização de químicos líquidos nos grãos na correia transportadora ou o polvilhamento de inseticida natural à base de terra de diatomáceas. É importante que haja uma perfeita mistura do inseticida com os grãos, recobrindo-os totalmente.
Quando a presença de pragas for constatada, o produtor deverá realizar o controle curativo por meio do expurgo/fumigação dos grãos. Essa é uma técnica empregada para eliminar pragas infestantes através do uso de gás. Assim, para a eficiência do método, a vedação do silo ou do lote de sementes utilizando lonas plásticas deve ser garantida.
Escrito por Murilo Scarazzatti
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