Você já se perguntou, nesse mundo globalizado, no qual tudo gira em torno do dólar, como os EUA influenciam a Agricultura Brasileira? A política americana externa e até mesmo a interna exercem muita influência no Agro Brasileiro. Do preço do combustível ao pão francês. Mas como isso acontece?
As políticas externas de um país podem impactar outros, principalmente se há relações de competição. O Brasil e os EUA são grandes potências agrícolas, porém a influência americana dá-se de forma mais impactante, tanto no Brasil quanto no cenário mundial.
Desde o Século 19, enquanto o Brasil desenvolvia seu potencial de produção no ciclo do café, o país sofreu pela política externa Estadunidense. Esta estreita relação foi evidenciada fortemente durante a crise de 1929, na qual a queda de consumo prejudicou os produtores Brasileiros. Dessa forma, esta queda acabou por levar a crise também ao setor agrícola.
Agricultura brasileira: Impacto dos subsídios estadunidenses
Antes de tudo, umas das maiores barreiras que nosso agronegócio enfrenta são as políticas protecionistas de subsídios para setores agrícolas. Esses são, de forma simplificada, incentivos fiscais dados pelo governo como: pagamento ao produtor por unidade produzida ou exportada. Esses incentivos barateiam a produção, tornando o produtor americano mais competitivo.
Dessa forma os subsídios estadunidenses afetam a importação de produtos, principalmente do Brasil, mas também geram excedentes exportáveis. Excedentes os quais aumentam a oferta de produtos no mercado internacional. Então o excedente dos EUA acaba competindo com os produtos brasileiros, assim os produtores brasileiros vendem menos, resultando na diminuição de suas receitas.
O maior dano vem das garantias de preços mínimos e dos programas de pagamentos aos produtores. Essas políticas geram grandes distorções nos preços e no mercado. Isso se deve ao fato de os subsídios estimularem o aumento da produção agrícola americana a um custo mais baixo.
A redução dos subsídios agrícolas dos EUA eleva a competitividade das exportações brasileiras. Assim, os custos relativos do Capital e do Trabalho na agricultura brasileira ficam menores, facilitando o crescimento do agronegócio brasileiro.
Questão Ambiental e a Influência na Agricultura
Com a posse de Joe Biden no começo de 2021 os EUA voltaram a fazer parte do “Acordo de Paris”. Assim, um pacote de novas medidas foram adotadas visando a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento de uma economia verde. Essas pautas são prioridades em seu Governo tanto na política interna quanto externa. Dessa forma, países que não estão seguindo o acordo devem ficar em alerta. Joe Biden já disse em algumas ocasiões que novas barreiras comerciais serão estabelecidas com o Brasil se a questão ambiental não for levada a sério.
Sobretudo, cabe lembrar que as barreiras comerciais com o Brasil não são novidade. Em 2021, segundo a Confederação Nacional da Indústria, o país deixará de exportar R$4,6 bilhões devido a barreiras comerciais impostas por diversos países em 2020. Sendo que o principal a criar estas barreiras é os Estados Unidos. A questão ambiental exige que a agricultura brasileira caminhe em direção à sustentabilidade. Nos últimos anos vimos uma enorme evolução acerca do assunto e os produtores se mostram mais atentos.
Portanto, para evitar sanções econômicas é essencial que a política externa brasileira se aproxime das exigências dos outros países e com o “Acordo de Paris”. Ainda vale lembrar que a imagem transmitida do país também é de suma importância.
Escrito por Lucas Bueno e Gustavo dos Santos
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Correto em relação à necessária busca do atendimento e cumprimento de uma produção sustentável ambientalmente, mas tanto os EUA como os demais países no mundo não chegam nem perto de nosso ativo florestal, assim não podemos ser apontado como destruidores ambientais. Ninguém tem as obrigações que nosso Código Florestal impõe.