Degradação das pastagens: o que é
A degradação das pastagens é a diminuição na capacidade produtiva de uma pastagem, ou seja, a sua capacidade de suportar determinada quantidade de animais conservando sua produção, isto é, ganho de peso do animal ou produção de leite.
Sendo definida pela sua queda de vigor e velocidade de recuperação, este problema é, atualmente, um dos que mais afeta a sustentabilidade da produção animal e a pecuária brasileira.
Existem dois tipos, a degradação agrícola, que é ocasionada pela competição entre o pasto e plantas invasoras, sendo que esse tipo tem como característica a dificuldade do gado em consumir o capim, acarretada pela alta incidência de daninhas.
Além disso, essa competição também diminui gradativamente a produção de forragem pelo pasto, intensificando a queda no consumo pelos animais.
Fonte: Pasto extraordinário.
A degradação biológica descreve o segundo tipo de degradação das pastagens. Esta é causada, principalmente, pela degeneração do solo e tem como consequências o aumento de área sem vegetação, que por sua vez acarreta em danos como a erosão e perda de matéria orgânica e nutrientes do solo. Esse tipo consiste na forma mais grave de degradação.
fonte: Ruraltectv
Como reconhecer a degradação das pastagens
De modo geral, existem algumas características observáveis que indicam quando um pasto está em degradação, tais como o aumento gradativo de área sem cobertura vegetal, aumento de incidência de plantas invasoras e pragas e diminuição no porte do pasto.
Dito isso, no que respeita a degradação das pastagens, esta pode ser classificada em quatro níveis, sendo eles:
- Leve: Caracterizada por ter capacidade de suporte de 80% do pasto não degradado, apresenta baixa ocorrência de daninhas ou solo descoberto.
- Moderado: A capacidade cai entre 50% e 70%, podendo, também, ser do tipo agrícola ou biológica, apresentando sinais ainda mais evidentes.
- Forte: Assim como nos níveis anteriores, os dois tipos de degradação podem ocasioná-la. Este exibe alta infestação das invasoras ou extensa área do solo descoberto. Sua capacidade é de 20% a 40%.
- Muito forte: Provocada pela degradação biológica, a presença da forrageira é baixíssima ou inexistente, com claros sinais de erosão e solo predominantemente descoberto. Neste nível, a capacidade de suporte é inferior a 20% da pastagem não degradada.
Referências bibliográficas
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